Prensa Hidráulica

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Título

Prensa Hidráulica

Descrição

Este tipo de prensa é usada na indústria e é composta por um cilindro compressor que tem na parte superior um prato destinado à colocação dos objectos que se pretende comprimir, o corpo de bomba que está assente no estrado onde se fixam solidamente quatro colunas que seguram na parte superior uma chapa bastante espessa contra a qual se comprimem os objectos colocados no prato superior. A bomba de injecção é uma bomba premente ou aspirante-premente que mergulha num reservatório de água e comunica com o corpo da bomba por um tubo estreito que pode estar em comunicação com um manómetro para se conhecer o valor da compressão. Para esvaziar o corpo de bomba há uma torneira no tubo de comunicação. O funcionamento é simples de compreender - levantando o êmbolo a válvula, em virtude da implosão do líquido exterior, levanta-se e deixa entrar uma certa quantidade, depois fazendo descer este êmbolo, a válvula fecha-se, e a água recalcada faz subir a outra válvula e passa pelo tubo para o cilindro, de onde não pode voltar, porque a válvula impede o movimento inverso.

Objetos Item Type Metadata

História do objeto

A primeira prensa hidráulica foi construída em Londres no ano de 1798 por Bramah.
Neste instrumento é aplicado o princípio de Pascal.
Blaise Pascal (1623 - 1662), extraordinário filósofo, físico, escritor e matemático francês nascido em Clermont-Ferrand, Auvergne, que como filósofo e místico criou uma das afirmações mais pronunciadas pela humanidade nos séculos posteriores, "O coração tem razões que a própria razão desconhece", síntese de sua doutrina filosófica: o raciocínio lógico e a emoção. Filho de um professor de matemática, Etienne Pascal, foi educado sobre forte influência religiosa tornou-se extremamente ascetista, escrevendo várias obras religiosas. Seu talento precoce para as ciências físicas levou a família para Paris (1631), onde ele se dedicou ao estudo da matemática. Acompanhou o pai quando este foi transferido para Rouen e lá realizou as primeiras pesquisas no campo da física. Realizou experiências sobre sons que resultaram em um pequeno tratado (1634) e no ano seguinte chegou a dedução de 32 proposições de geometria estabelecidas por Euclides. Publicou Essay pour les coniques (1640), contendo o célebre teorema de Pascal. Excelente matemático especializou-se em cálculos infinitesimais e criou um tipo de máquina de somar que chamou de La pascaline (1642), a primeira calculadora manual que se conhece, conservada no Conservatório de Artes e Medidas de Paris, e inventada para auxiliar o pai que passara a ser encarregado do controle fiscal na Normandia. Seu pai morreria no início da década seguinte (1951). De volta a Paris (1647), influenciado pelas experiências de Torricelli, enunciou os primeiros trabalhos sobre o vácuo e demonstrou as variações da pressão atmosférica. A partir de então, desenvolveu extensivas pesquisas utilizando sifões, seringas, foles e tubos de vários tamanhos e formas e com líquidos como água, mercúrio, óleo, vinho, ar, etc., no vácuo e sob pressão atmosférica. Aperfeiçoou o barómetro de Torricelli e, na matemática, publicou o célebre Traité du triangle arithmétique (1654). Juntamente com Pierre de Fermat, estabeleceu as bases da teoria das probabilidades e da análise combinatória (1654), que o holandês Huygens ampliou posteriormente (1657). Neste mesmo ano após uma "visão divina", abandonou as ciências para se dedicar exclusivamente a teologia, e no ano seguinte recolheu-se à abadia de Port-Royal des Champs, centro do jansenismo, só voltando às ciências após "novo milagre" (1658). Neste período publicou seus principais livros filosófico-religiosos: Les Provinciales (1656-1657), conjunto de 18 cartas escritas para defender o jansenista Antoine Arnauld, oponente dos jesuítas que estava em julgamento pelos teólogos de Paris, e Pensées (1670), um tratado sobre a espiritualidade, em que fez a defesa do cristianismo e marcou o início de seu afastamento dos jansenistas, facção católica inspirada em Santo Agostinho. Como teólogo e escritor destacou-se como um dos mestres do racionalismo e irracionalismo modernos e sua obra influenciou os ingleses Charles e John Wesley, fundadores da Igreja Metodista. Um dos seus tratados sobre hidrostática, Traité de l'équilibre des liqueurs, só foi publicado postumamente (1663), um ano após sua morte, em Paris. Esclareceu finalmente os princípios barométricos, da prensa hidráulica e da transmissibilidade de pressões. Estabeleceu o princípio de Pascal que diz: em um líquido em repouso ou equilíbrio as variações de pressão transmitem-se igualmente e sem perdas para todos os pontos da massa líquida. É o princípio de funcionamento do macaco hidráulico. Na Mecânica é homenageado com a unidade de tensão mecânica (ou pressão) Pascal (1Pa = 1 N/m², 105 N/m² = 1 bar). Apesar de sua curta existência, este brilhante cientista francês reuniu em sua personalidade duas características aparentemente antagónicas: o espírito geométrico, que o fez importante físico e matemático e o espírito literário uma vez que, sendo grande escritor, é considerado o verdadeiro fundador da prosa literária francesa.

Observações

restauro feito pelo prof. Viana Paredes